Só depois da pinga...

domingo, novembro 09, 2008

sim.

"Eu entendo do que é se sentir a menor e a mais insgnificante das criaturas do mundo e isso faz você sentir dores em lugares que nem sabia que existiam no corpo. Não importa quantos penteados novos você fizer ou em quantas academias entrar ou ainda quantas taças de frisante você tomar com as amigas, você ainda vai pra cama toda noite pensando em cada detalhe, imaginando o que fez de errado ou como pode ter interpretado mal e como foi que, por um breve momento, você achou que podia ser tão feliz. Às vezes você consegue até se convencer de que ele num passe de mágica virá ate à sua porta e, depois de tudo isso, demore o tempo que tenha que demorar, você vai para um lugar novo, vai conhecer pessoas novas que fazem você se valorizar e pedaçinhos da sua alma vão finalmente voltar. E aquela época turva, aquele tempo ou a vida que você desperdiçou começarão a desaparecer... "

terça-feira, agosto 26, 2008

palavras. momentos.

sentidos.
olhos. olhares. tentações.
mão. braços. beijos. abraços.
pele. barriga. laços.
pêlos. boca. cabelos.
peitos. poses. apelos.
dentes. sorrisos.
corpo. juízo.
pernas. certas mulheres.
meninas. mulheres.
truques. confusões.
garotos. mistérios.
garotos. espertos.
seguindo seus passos...

domingo, agosto 10, 2008

Ela chegou, e eu não podia deixar de registrar aqui.
Ela chegou, lindinha, pequena, cheia de vida. Mas logo de cara nos pregou o maior susto.
Ela chegou numa manhã fria de domingo, tirou todos da cama e ninguém reclamou.
Ela, que muito antes de chegar, já acrescentou, aproximou, encantou.
Ela chegou, e eu vi meu irmão, aquele pateta que jogava beiseball comigo dentro do quarto, se tornando pai.
Ela chegou. Seja muito bem-vinda. Esse mundo aqui é meio maluco, mas tem seu charme.

domingo, julho 06, 2008

hmm.

Aquele sorriso desconcertante merecia uma reunião só para ele. Só sobre ele.
Cria brainstorms instantâneos na minha cabeça, desentrutura o planejamento, estratégia e tática de ação vão pelo ralo.
Tudo no ar. Mas tá aprovado?

sábado, junho 07, 2008

O futuro é um presente.

Não estou pronta para tudo,
mas não troco por nada
o que ainda está por vir.

sábado, maio 17, 2008

certas sensações trazem um gosto especial para as coisas.

Acho que até cheguei a dizer pra ele algo sobre isso. Já tem um tempo que isso acontece. Toda vez que passo meu perfume me lembro dos momentos que eu tava me arrumando para ir vê-lo. Da época que eu venerava a saudade, quando ela estava para terminar.
Como pode? Meu cheiro, MEU perfume me lembrar outra pessoa. Golpe baixo da sensibilidade. Agora preciso de um perfume novo.
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Ver uma mesa de café da manhã posta me lembra um dia... uma manhã, um lugar, uma atitude e muitos sentimentos. Me leve café na cama amanhã, eu finjo que eu não esperava. E hoje durante uma conversa eu vi que por um tempo ainda vou ter calafrios cada vez que meu telefone tocar, até saber se do outro lado é sua voz.
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Mas no meio de tantas lembranças, existe em mim uma certeza dolorida, certeza de que eu gosto do claro, quando é claro que você me ama. E nesse sentido, enfim...
que coincidência é o amor, a nossa música nunca mais tocou.

terça-feira, abril 29, 2008


Não fica assim. Não chora. Não era pra ser. Tudo vai se resolver. Vai passar. Ele não te merece. Welcome to the real word. Queria sofrer por você. Não chora. A vida é assim, as coisas nem sempre são como a gente quer. O problema não está em você. Vai passar. Eu já passei por isso. Eu sei como é. Você é uma pessoa maravilhosa, tem muita gente do seu lado. Você ainda vai rir disso tudo. Não chora. Vai passar, vai passar, vai passar...

E eu só conseguindo pensar: Como assim?
Pro inferno todas as teorias, conhecimentos e conselhos. Tá doendo, tá doendo pra caralho. Para cada frase que me falam tenho uma resposta rápida e dolorida e o que é pior, eu realmente acredito nelas. De tempos pra cá, cada ação minha espera uma reação vinda de lá. Às vezes ela vem. Às vezes não.
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E eu fico aqui, com a vida congelada desde a ultima vez que o vi. Já sentei aqui umas cinco vezes para escrever, botar pra fora o que se passa aqui dentro, mas não consegui. Pensava em algo e não não, muito simples. Outra coisa, não, muito dramático. Nada vai descrever exatamente o que sinto, nem eu mesma.
Acho que nunca vou conseguir respostas para todas a perguntas que estão rodando aqui dentro. Roubando-me apetite, concentração, animo e horas de sono. Ainda não sei o que rouba mais, se as perguntas, a saudade, a dúvida, as boas lembranças... Tenho esperança. Certeza de que o vivido foi especial e, principalmente, não foi vivido sozinho. Eu sei, eu sabia, por olhares, atitudes, detalhes grandes e pequenos, que era isso sim senhor.
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E talvez o que mais me doa seja ver tudo isso se perder por causa talvez de um desejo de ver e viver o mundo lá fora. É um preço alto demais. Mas talvez terei de pagar, às custas de uma confusão, uma imaturidade. Não minha. Mas eu sei, eu que já estive dos dois lados, que não vai adiantar eu falar nada. Eu sei que, por mais que pareça, a festa não está acontecendo no apartamento ao lado.
Só sei que, se a cada mil lágrimas sai um milagre, talvez esteja na vez do meu.

segunda-feira, março 17, 2008

não mais que de repente.

De repente falar não era mais uma opção. Era a única escolha. De repente, para ir pra frente, era preciso voltar bem pra trás.
De repente eu só ia conseguir abrir a boca para falar sobre isso. Sobre o que meus olhos já estavam contando a tempos. Mesmo sem eu querer.
Ou porque, de repente, por dentro eu queria, aí meus olhos me traíam, porque eles falavam mais do que minha cabeça queria deixar eles falarem.
De repente, no lugar errado, no dia errado, na hora errada. Tudo deu certo.
De repente, quando a alma não aguenta mais, as emoções transbordam. Líquidas. E a vida se dá, falada. E a gente se entrega, feliz.

domingo, março 09, 2008

pensamentos de um fim da tarde.

Em certa altura da vida, a gente passa a enteder a importância do cafézinho na nossa vida profissional. E esse cafézinho tem vários sentidos, pode ser apenas como bebida cafeínada que ajuda a nos manter acordados. Ou pode ser o cafézinho metafórico, aquele que é mais uma desculpa, um motivo para parar no meio da tarde, quando o cérebro resolve não funcionar mais. Ou o cafézinho que saimos para tomá-lo num lugar reservado, longe de ouvidos que não foram convidados para a conversa. Quando a gente passa a entender que um simples cafézinho pode ter tantos significados, dá a impressão de que a gente já entendeu tudo. Ou que nunca tinha entendido nada...

sábado, fevereiro 09, 2008

O engraçado é que é sério.

Poucas coisas desse mundo eu acho tão legais quanto isso aqui.
Poucas pessoas têm a capacidade de fazer um trabalho delicado, com pessoas delicadas, em meio a situações delicadas.
Pouca gente pode dizer que volta para casa depois de um dia de trabalho e ter a certeza que só fez o bem.
Poucos filmes me fizeram chorar tanto e me tocaram tão fundo.
Lembro que quando o assisti, uma frase me marcou muito, era algo como: "...no dia-a-dia dos corredores de um hospital acontecem cenas que qualquer roteirista daria a vida para escrever..." (vou procurar e - assim que der - vou escrevê-la certinho aqui)
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Pouca coisa importa tanto. Porque eu acho que o resto, isso sim, é que é besterira.

sábado, fevereiro 02, 2008

"Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. (...) Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. (...) Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. (...) Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante... Morre muita gente lentamente... (...) Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar." M.Medeiros
E eu, graças a Deus, estou me sentindo bem viva. Com medo e ansiosa sim, mas cheia de planos e vontade de fazer dar certo. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, muita coisa para absorver... e minha terapueta de férias! Ai!
O combinado de escrever e pensar em tudo que se passasse está em partes cumprido, mas percebi que ainda não consigo tudo sozinha, aquele treino que falei antes precisa de mais tempo para tornar-se "automático", se é que vai ficar.
Mas o esforço extra, que a Marta cita nesse texto lindo, esse eu tenho certeza que estou fazendo, e sei também, cada dia mais, que ele voltará em coisas boas para mim.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

novas

Não, não. Este blog não foi abandonado, nem nunca será! Eu estava viajando e vivendo. Tenho muitas coisas para escrever aqui, talvez até ainda hoje apareça algo por aqui, talvez não.
Maaaaaaaas, antes de tudo, muita atenção para uma grande notícia:
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a Carol está de férias! Comemoremos!

terça-feira, dezembro 25, 2007

Desejo somente noites felizes.
Não uma só a longo do ano, mas várias.
E se der, muito felizes.
Noites felizes sozinhos,
com nossas consciências e travesseiros
ou com outras pessoas.
Na verdade, desejo noites e dias felizes.
Mesmo não desejando que sejam só isso.
Afinal, vocês pediram com emoção ou sem emoção?

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Escrever sobre escrever.

De quarta-feira. Ultimamente a quarta-feira é o dia mais atribulado para mim. O dia que acordo mais cedo, que canso mais no treino da academia, que tomo banho e almoço mais correndo, que tenho mais coisas para fazer e o dia que passam na tv a cabo os meus programas preferidos. Deveria ser o dia que eu capoto mais rápido na cama também, mas não é por causa de um detalhe: é o dia que eu falo sobre a minha vida. Mais importante, que eu paro para pensar e falar só sobre ela. Sem o peso de parecer egoísta e egocêntrica para os outros.

Estou entendendo que o empurrão inicial para um processo interno muito mais complexo é mesmo sentar e falar sobre o que aflige, apaixona ou o que simplesmente aconteceu desde a última vez que me sentei ali. Às quartas-feiras não tenho consigo dormir tão cedo porque desde quando saio de lá, fico inquieta, continuando a raciocinar sobre o que falamos. Não tão especificamente, mas o empurrão não dura só uma hora, ele vai embora... e me leva. E tenho a (tola?) impressão de que se eu parar para dormir, amanhã não vou conseguir seguir no embalo que estou agora.

E percebo que quanto mais eu penso, mais eu entendo sobre ela. Eu sei que é óbvio que isso aconteceria, mas a sensação disso realmente acontecendo é nova para mim, não é óbvia não. Aquele estalo que vem do nada, quando você nem está mais pensando naquele assunto, mas que o seu cérebro finalmente entendeu o que seu coração estava querendo dizer - ou vice-versa - é muito legal de sentir. É a ficha caindo.

E eu tô começando a entender que pra várias fichas caírem é preciso treino. Repetição, paciência, disciplina, tempo. As mesmas variáveis que me trarão o corpo que eu desejo na academia são as que trazem equilíbrio, tranqüilidade e, principalmente, consciência sobre quem eu sou.

E quando me surge a sugestão de que escrever sobre certos assuntos, justamente para não perder o embalo, também pode me ajudar a encará-los mais de frente, sinto de novo a inquietação. É um desafio. Será que eu consigo? Eu que sempre escrevi sobre o que bem quis, me expondo e preservando ao mesmo tempo. Será que vou conseguir escrever sobre meus medos? Não sei. Será que vou conseguir pensar, organizar e escrever sobre tantos lados, faces, vértices, tantas outras ligações, sentimentos que passam aqui dentro? Não sei. Mas, por enquanto, o tema é mais metalingüístico. É só escrever sobre como será escrever.

terça-feira, dezembro 11, 2007

O que você faz hoje determina o que você vai viver daqui dez anos.

Muito, muito tempo atrás eu ouvi essa frase dita não me lembro por quem e, por algum desses motivos que a gente não entende tão facilmente, ela nunca saiu da minha cabeça. Virou um tipo de mantra pessoal.

Quando me questionava porquê precisava prestar vestibular, eu lembrava dela. Quando sentava em frente ao computador e mandava 50 currículos para 50 desconhecidos, era nela que eu pensava. Mas hoje, exatamente hoje, essa afirmação nunca fez tanto sentido para mim. Literalmente.

Dez anos atrás. Esse é o tempo que faz que aconteceu o que mudou tanto e de tantas formas a minha vida. O que fez eu ser o que sou - ou não sou - hoje. Não tem outra palavra para descrever o que fez a não ser: mudou. Já cansei de me questionar se a mudança foi para melhor ou para pior. Ou questionar como tudo teria sido se... Cansei, mas não parei. Não me pergunte porquê.

O que a tempos já havia concluído é que o que eu fiz naquela época, o modo como reagi, meu ponto de vista e minhas atitudes, algumas vezes intuitivas e outras aconselhadas, determinou exatamente o que eu vivo hoje e o que sobrou daquela história. O que eu sou e como me relaciono com o mundo. O quanto me mostro e outro tanto que ninguém nunca vê.

Dez anos, meu Deus, dez anos. Dez anos que não houve um dia sequer que eu não pensei ao menos uma vez nesse assunto. Às vezes durante horas, às vezes poucos minutos, às vezes com raiva, com incompreensão, simplesmente como lembrança e às vezes como sendo a razão de outras coisas.

Esse "aniversário" me fez inverter o sentimento em relação a essa frase. Sempre que pensava nessa frase, concluía em fazer algo para colher os frutos dali um tempo, os tais 10 anos. Hoje acho que é a primeira vez que me peguei pensando o contrário, como quem já está colhendo o que plantou a tempos. E graças a Deus a sensação é boa.

Esse post pode ser um mistério para muita gente, parecer sem sentido ou explicações suficientes. Pra mim mesma ele é uma surpresa. Sentar a essa hora, pra escrever parte do que se passa, é definitivamente uma surpresa pra mim - e que amanhã será para minha terapeuta. Mas tudo bem, não há de ser nada, pois sei que a madrugada acaba quando a lua se põe... E porque às vezes a gente não quer ser compreendida, a gente só quer falar.