Escrever sobre escrever.
De quarta-feira. Ultimamente a quarta-feira é o dia mais atribulado para mim. O dia que acordo mais cedo, que canso mais no treino da academia, que tomo banho e almoço mais correndo, que tenho mais coisas para fazer e o dia que passam na tv a cabo os meus programas preferidos. Deveria ser o dia que eu capoto mais rápido na cama também, mas não é por causa de um detalhe: é o dia que eu falo sobre a minha vida. Mais importante, que eu paro para pensar e falar só sobre ela. Sem o peso de parecer egoísta e egocêntrica para os outros.
Estou entendendo que o empurrão inicial para um processo interno muito mais complexo é mesmo sentar e falar sobre o que aflige, apaixona ou o que simplesmente aconteceu desde a última vez que me sentei ali. Às quartas-feiras não tenho consigo dormir tão cedo porque desde quando saio de lá, fico inquieta, continuando a raciocinar sobre o que falamos. Não tão especificamente, mas o empurrão não dura só uma hora, ele vai embora... e me leva. E tenho a (tola?) impressão de que se eu parar para dormir, amanhã não vou conseguir seguir no embalo que estou agora.
E percebo que quanto mais eu penso, mais eu entendo sobre ela. Eu sei que é óbvio que isso aconteceria, mas a sensação disso realmente acontecendo é nova para mim, não é óbvia não. Aquele estalo que vem do nada, quando você nem está mais pensando naquele assunto, mas que o seu cérebro finalmente entendeu o que seu coração estava querendo dizer - ou vice-versa - é muito legal de sentir. É a ficha caindo.
E eu tô começando a entender que pra várias fichas caírem é preciso treino. Repetição, paciência, disciplina, tempo. As mesmas variáveis que me trarão o corpo que eu desejo na academia são as que trazem equilíbrio, tranqüilidade e, principalmente, consciência sobre quem eu sou.
E quando me surge a sugestão de que escrever sobre certos assuntos, justamente para não perder o embalo, também pode me ajudar a encará-los mais de frente, sinto de novo a inquietação. É um desafio. Será que eu consigo? Eu que sempre escrevi sobre o que bem quis, me expondo e preservando ao mesmo tempo. Será que vou conseguir escrever sobre meus medos? Não sei. Será que vou conseguir pensar, organizar e escrever sobre tantos lados, faces, vértices, tantas outras ligações, sentimentos que passam aqui dentro? Não sei. Mas, por enquanto, o tema é mais metalingüístico. É só escrever sobre como será escrever.
Estou entendendo que o empurrão inicial para um processo interno muito mais complexo é mesmo sentar e falar sobre o que aflige, apaixona ou o que simplesmente aconteceu desde a última vez que me sentei ali. Às quartas-feiras não tenho consigo dormir tão cedo porque desde quando saio de lá, fico inquieta, continuando a raciocinar sobre o que falamos. Não tão especificamente, mas o empurrão não dura só uma hora, ele vai embora... e me leva. E tenho a (tola?) impressão de que se eu parar para dormir, amanhã não vou conseguir seguir no embalo que estou agora.
E percebo que quanto mais eu penso, mais eu entendo sobre ela. Eu sei que é óbvio que isso aconteceria, mas a sensação disso realmente acontecendo é nova para mim, não é óbvia não. Aquele estalo que vem do nada, quando você nem está mais pensando naquele assunto, mas que o seu cérebro finalmente entendeu o que seu coração estava querendo dizer - ou vice-versa - é muito legal de sentir. É a ficha caindo.
E eu tô começando a entender que pra várias fichas caírem é preciso treino. Repetição, paciência, disciplina, tempo. As mesmas variáveis que me trarão o corpo que eu desejo na academia são as que trazem equilíbrio, tranqüilidade e, principalmente, consciência sobre quem eu sou.
E quando me surge a sugestão de que escrever sobre certos assuntos, justamente para não perder o embalo, também pode me ajudar a encará-los mais de frente, sinto de novo a inquietação. É um desafio. Será que eu consigo? Eu que sempre escrevi sobre o que bem quis, me expondo e preservando ao mesmo tempo. Será que vou conseguir escrever sobre meus medos? Não sei. Será que vou conseguir pensar, organizar e escrever sobre tantos lados, faces, vértices, tantas outras ligações, sentimentos que passam aqui dentro? Não sei. Mas, por enquanto, o tema é mais metalingüístico. É só escrever sobre como será escrever.
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