Só depois da pinga...

segunda-feira, março 17, 2008

não mais que de repente.

De repente falar não era mais uma opção. Era a única escolha. De repente, para ir pra frente, era preciso voltar bem pra trás.
De repente eu só ia conseguir abrir a boca para falar sobre isso. Sobre o que meus olhos já estavam contando a tempos. Mesmo sem eu querer.
Ou porque, de repente, por dentro eu queria, aí meus olhos me traíam, porque eles falavam mais do que minha cabeça queria deixar eles falarem.
De repente, no lugar errado, no dia errado, na hora errada. Tudo deu certo.
De repente, quando a alma não aguenta mais, as emoções transbordam. Líquidas. E a vida se dá, falada. E a gente se entrega, feliz.