Só depois da pinga...

domingo, junho 03, 2007

Não ir...


Viver de pequenas coisas faz com que a falta delas nos dê um grande vazio. Talvez ninguém entenda, mas ir ao Juca pra mim esse ano era importante. Mesmo com o tanto de empecilhos, ainda é.

Essa foto aí, no Juca do ano passado, minha cara de felicidade dizia “ano que vem é a gente aqui de novo!”, mas um ano é muito tempo pra muita coisa acontecer. Um mês tem sido muito tempo, tempo suficiente pra coisas de última hora surgirem. Pic, meu vô, concorrência, barraca, grana... tudo pra fazer você dizer “deixa pra lá, vai..”. Mas a vontade ainda é grande. Como a Dé disse, até parece que vai ser teimosia se a gente for. Como que faz pra sabermos a diferença entre sinal e prova? A vida é um mistério estranho.

Inspirando-se (não plagiando, que fique claro) na Dé, essa foto vai fazer um ano. Esse dia eu estava alegre, quase rouca, ainda não bêbada, esperando ligação, esperando encontrar na balada, esperando esquecer, querendo fazer tudoaomesmotempo. O Pic estava longe, meu vô estava bem, o trabalho foi amigo de todo mundo, tinha teto, comida e banho quente pra todos garantido, nem gastamos dinheiro quase...

Mesmo não sendo da bateria, não sendo “da galera”, não sendo bixete nem veterana conhecida, meus amigos, os poucos, vão estar lá. Não vou beber com eles, não vou gritar com eles, não vou ouvir e dançar Jorge Ben, não vou fazer xixi transparente naquele banheiro químico fedido. Ninguém vai pegar meu celular da minha mão sonolenta, não vou tirar ninguém capotado do carro, não vou poder fechar a faculdade com a festa mais “passa mal” da comunicação. Que futilidade não seja confundida com querer aproveitar o pouco que sobrou.
Não ir ao Juca em 2007 vai fazer eu passar o feriado de meu humor, apresentar o Pic com meu característico bico. Não ir ao Juca em 2007 vai entrar pro meu caderninho de frustrações universitárias, mas isso aí já é papo pra outro texto, outra foto.