Tá, eu sei. A idéia original era de colocar fotos belas, de preferência acompanhadas de belas palavras. E eu sei também. Eu só tenho colocado textos dos outros e fotos que não foram tiradas por mim, mas parece que, nesses últimos tempos, só me identifico (e olhe lá) nos dizeres e pensares alheios.
Não. Eu não estou dando satisfações, não me agrada esse tipo de atitude, e quem me conhece sabe que são poucas as coisas que eu faço por obrigação, ou por achar que é o que os outros esperam de mim. Só estou contando.
Eu sempre gostei de escrever, sempre foi sinônimo de idéias em ordem. A vontade vinha do nada, e eu escrevia fácil, só pra colocar tudo pra fora em palavras. Era ótimo, tudo ficava claro, reto, pontuado.
Mas idéia clara tá rara. Tá tudo embaralhado. Tá sobrando frio na barriga, mas faltando atitudes definitivas. Palavras encantam, envolvem, mas não enganam. Silêncios chateiam, cansam, mas também confortam. Dúvidas desnorteiam, dissolvem, mas também dizem muito.
Eu sei o que eu quero, sei o que tem feito me dar taquicardia e sei o que me faria jogar tudo pro alto. E o pior é que são poucas palavras, ditas pela pessoa certa. Mas se ela não disser, eu também não vou pedir. Não sei pedir. Esse é outro item que há veio de fábrica.
Não quero esperar a poeira baixar, isso não tem a mínima graça. Minha infantilidade se reveza com minha serenidade. E as vezes fica muito claro que tudo vai se resolver, vem aquela história do dar tempo ao tempo e ela me perece bem razoável. Mas de uma hora pra outra passo a achar uma chatice, um tédio ver a vida e seus momentos passarem só pra evitar maiores sofrimentos.
Estou inconstante, e acho que é por isso que tenho achado as certezas dos outros tão interessante. Quem sabe nelas encontro algumas minhas.
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